sexta-feira, 30 de abril de 2010

Causa e consequência.




Foi como um missil,ideologia escorreu da tela
Veneno corrompeu a alma verde e amarela
Fala bela,ausente no discurso da favela
Herói em construção no livro do Marighella

Eficaz,o crime gera renda trivial
Opção? conclusão diploma segundo grau
Naturalmente quem sente mais pela ausência
Do estado,dobra o joellho e a deus pede clemência

Na tv dá pra ver o módus operandi
Paciência de jó,na sutileza de gandhi
Programado na linguagem da passividade
Contemplado,força bruta,gingado habilidade

Querem me vender,me render pra viver
Sem prazer papel moeda dita o seu saber
A bença da sua mãe ou o nike 12 mola?
Clamar a redenção ou rua pedindo esmola?

Trabalhador farda,sofredor infarta
Profissão gravata,mesma cor se mata
Moro na vertical,outrora foi seu quintal
Sotaque de capial,bondade de serviçal

Enchada na mão,pistola encurta o caminho
Pega a segunda opção se desgarrado do ninho
Ouça a voz que mostra a reta da jornada
Sem lençóis,coberto pelo véu da madrugada

A noite cai fria,propícia
Ambição pelas notas,é isso que a cidade alicia
Ensina que somos indigentes nessa era
Afetado de maldade capital que nela gera

"Vinde a mim",assim fui tomado pela cura
Pecado capítal,dsejar mais fartura
Quanto mais tem ,mais mortes são contadas
Gerada na era da paixão robotizada.


tHIAGO uLTRA

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A base que sustenta o todo.


Salve dona maria da péle escurecida
Da perna enfraquecida pra enfrentar a subida
Quase 80 anos trabalhando desde os 12
Fim dos planos numa noite ,primeiro filho aos 14
Seu rosto traz a marca de uma amarga vida crua
Efeito de um padrão de vida que o branco cultua
Sonhou em ter dinheiro pra comprar sua liberdade
Buscou fé no terreiro resgate de identidade
Vive,em meio ao caos urbano,que não traz paz,só danos
O vento frio soprando,no decorrer dos anos
Do norte ao sul,sem seca a agua farta
Infarta,ao ver sua casa sumindo na mata
Do lixo que constrói em cima (sem saida)
Governo que à intimida (homicida)
Sorriso,pra amenizar o problema alheio
Orgulho de ter criado cada filho feio

Seu trófeu ,dignidade,honra decência
Contempla o céu,como futura redidência
Cantando baixinho no quarto escuro,madruga
Histórias passadas de tentativas de fuga
Filha do cativeiro da era comteporânea
Infância perdida,obrigação expontânea
Clama na oração o perdão do Deus pai
E que cada fruto seu o senhor abençoai
Pra si nada cobiça,ja ta de bom tamanho
Nasceu com essa sina de ser escrava de ganho
Defende sua cria como fera ,sem dono
Repouso do seu dia ,4hrs de sono
Em pé,antes que o galo cante novamente
A fé,sustenta o corpo,contra a corrente
Da silva,dos santos,barbosa,vieira
O ciclo recomeça a cada segunda feira.




O que seriamos sem elas??






tHIAGO uLTRA

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fruto da máquina.


"Vejo vários olhares cidade tensa
Câmeras,pra determinar o valor da sua sentença"
Busco pela recompensa,na selva de cimento
Reflexo da alma do homem sem sentimento"

...sou fruto da máquina,mais um que recebeu a calçada como moradia...a flora urbana me ensinou que preciso da moeda,custe o que custar,preciso consumir o que me é imposto...sou um observador de um mundo em decadência,onde pessoas vivem em perfeita harmonia,com objetos que tem como função reprimir e punir...

"Décimo andar,ai se eu pudesse voar
Se eu pudesse levar minha mente pra outro lugar
Talvez seria mais fácil pra fugir
E não sentir a fome quando a mesma viesse me perseguir"

...me refugio no meu mundo paralelo,onde crio mecanismo pra poder abstrair de todas as mazelas que esse sistema dito democrático cria...

"Olhos fechados remetem ao mesmo devaneio
Noites em claro repouso eterno em teu seio
Meio anceio pela paz,faz lembrar de soul,jazz
Cães de alcatraz,traz,repouso aos fiéis"

...a cada noite mal durmida,lembro dos braços acolhedores que me proporcionaram os únicos momentos de paz na minha vida...momentos prazerosos,tal como os que são cantados nas canções norte americanas...dia após dia, vejo o órgão opressor do estado trabalhar eficazmente,levando irmãs e irmãos,ao encontro daquilo que buscaram a vida toda: a tão sonhada paz.....

"Delírios,adtivos,colírio,preciso
De dopamina,pra manter o discurso conciso
Robôs,sujam a minha cama de lama
Sou de terra,cana e alimento pra grama"

...não sei o que faria,se não fosse o resultado da fermentação da garapa,somente isso pra devolver a minha sanidade e me fazer lembrar que ainda consigo viver...pessoas nada mais são,do que andróides que sangram,choram e morrem.Convivem com a dor,com enchentes,com o lodo,com a lama...não sou considerado pessoa,sou um ser que ocupada espaços públicos privrados...sou aquilo que como...sou o que resta do nada....


"Vago pela rua da ilusão
Clima tenso ,enquanto penso numa forma de libertação
Sou mais um herói dessa nação
Maquiado,invisível,o futuro da submissão"

...esse sou eu,esse é vc!!



tHIAGO uLTRA......à caminho da esquizofrenia.....

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A máquina cinza!




Monstro de alma cinza,fumaça esconde a brisa

motores ,televisores é lucro pra quem te pisa
espelho reflete a lucidez de quem fez
no quadragézimo andar mendigando pelo mês
mais um na multidão,de milhões ,depressão
a cada farol vermelho ,bate mais um coração
vivendo pela rua ,na calçadas,na esquina
loteria premia resultado da chacina
cidade permeia,semeia controle eterno
resulta no coletivo de vários zumbi de terno
passo sem direção,buzina carro metrô
cerveja lubrificante pro ser humano robô
savana de pedra aço,concreto e maldade
iveste falsos valores,pseudo felicidade
seu sonho real,capacidade letal
genocidio da raça,garante Paes no quintal

Olhar sempre frio,homem com alma de gelo
lutador desistiu ao mendigar o seu zelo
na rua sem teto,honra a base de troca
trocar comida por feto,mais nada disso te choca
hoje é natural ,graças ao São capital
objetos controlam a nossa vida pessoal
emprego mais caro ,mais claro se apoderou
se elegeu,promoveu,conquistou,se apegou,nos matou
trancou toda a riqueza no seu cofre
na sul o lho azul,na norte os pretos pobre
seus prédios ,tensão,navios,correntes

dinheiro,perdão,alívio,enchente
reduto do retirante do extremo norte
escravo por toda a vida ,cabeça sujeita a corte
sem amor,só suor maquinário
bicolor opressor proletário!



No buzão,no metrô,na rua,na calçada,a cada centímetro dessa terra cruel...só restou o cinza.....

tHIAGO uLTRA