quinta-feira, 1 de abril de 2010

A máquina cinza!




Monstro de alma cinza,fumaça esconde a brisa

motores ,televisores é lucro pra quem te pisa
espelho reflete a lucidez de quem fez
no quadragézimo andar mendigando pelo mês
mais um na multidão,de milhões ,depressão
a cada farol vermelho ,bate mais um coração
vivendo pela rua ,na calçadas,na esquina
loteria premia resultado da chacina
cidade permeia,semeia controle eterno
resulta no coletivo de vários zumbi de terno
passo sem direção,buzina carro metrô
cerveja lubrificante pro ser humano robô
savana de pedra aço,concreto e maldade
iveste falsos valores,pseudo felicidade
seu sonho real,capacidade letal
genocidio da raça,garante Paes no quintal

Olhar sempre frio,homem com alma de gelo
lutador desistiu ao mendigar o seu zelo
na rua sem teto,honra a base de troca
trocar comida por feto,mais nada disso te choca
hoje é natural ,graças ao São capital
objetos controlam a nossa vida pessoal
emprego mais caro ,mais claro se apoderou
se elegeu,promoveu,conquistou,se apegou,nos matou
trancou toda a riqueza no seu cofre
na sul o lho azul,na norte os pretos pobre
seus prédios ,tensão,navios,correntes

dinheiro,perdão,alívio,enchente
reduto do retirante do extremo norte
escravo por toda a vida ,cabeça sujeita a corte
sem amor,só suor maquinário
bicolor opressor proletário!



No buzão,no metrô,na rua,na calçada,a cada centímetro dessa terra cruel...só restou o cinza.....

tHIAGO uLTRA

3 comentários:

  1. Pensou, apostou, escreveu, mandou, arrasou!

    Falou e disse!

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  2. As cores da cidade enganam,
    nos iludem,
    não são nossas e não para nós.

    Mano, Mano... seus textos...
    adoro muito.

    Registre-os!!!!
    Internet é fodah!

    Beijokas

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